A crescente adoção de sementes geneticamente modificadas em todo o mundo é reflexo da eficiência tecnológica, especialmente no controle de pragas nas plantações. De acordo com o relatório de 2017 do Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA), a transgenia é a tecnologia mais rapidamente adotada na história da agricultura moderna.
Em 1996, quando os organismos geneticamente modificados (OGM) foram cultivados pela primeira vez no mundo, a área plantada era de 1,7 milhão de hectares. Apenas duas décadas depois, o total já havia batido a marca de 185,1 mi/ha.
O Brasil lidera esse aumento na aplicação da biotecnologia. Em 2016, o País cultivou 49,1 milhões de hectares de soja, milho e algodão transgênicos, um crescimento de 11% em relação ao ano anterior, ou o equivalente a 4,9 milhões de hectares a mais.
Apesar da alta adesão, muita gente ainda tem dúvida sobre como um transgênico é produzido. Trata-se de um organismo que recebeu parte do material genético (um ou mais genes) de outra espécie para obter características de interesse do doador, como tolerância a herbicidas e resistência a insetos. Quando determinada característica é identificada, os cientistas isolam o gene responsável por sua expressão. Depois, por meio de técnicas de engenharia genética, ele é inserido no organismo que será modificado.