Com o tema “Soluções Biológicas”, a primeira edição da ESALQSHOW foi realizada nesta terça (10) e quarta-feira (11), no campus da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba. A feira dedicou-se à inovação e ao empreendedorismo na agricultura e nos setores associados, levando ao público as últimas tendências, ideias, produtos e serviços disponíveis. Nos dois dias, estiveram presentes entidades do ensino, pesquisa e extensão, agricultores, empresas de ponta, empreendedores, profissionais e estudantes do Brasil e do exterior.
Um dos assuntos discutidos no evento foi a biotecnologia agrícola, no painel AgTech Valley Summit. A diretora-executiva do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB) e coordenadora do programa Boas Práticas Agronômicas (BOAS), Adriana Brondani, fez a moderação, na quarta, às 15 horas. O debate se concentrou nos impactos diretos e indiretos da biotecnologia na oferta de grãos e no dia a dia dos produtores rurais. “Se o agricultor consegue produzir mais em um mesmo espaço, graças à proteção extra contra insetos e à tolerância a herbicidas conferidas pelas sementes transgênicas, a quantidade e a qualidade do alimento que chega até o consumidor é melhor”, destaca Adriana.
Além disso, o painel falou sobre como os avanços tecnológicos contribuíram para o aumento expressivo da produtividade brasileira, de maneira sustentável. Para isso, traçou um panorama desde a revolução verde, a expansão dos cerrados, o plantio direto, a 4ª Revolução Industrial, o big data, a internet das coisas, a agricultura de precisão e digital – capaz de maximizar os resultados e benefícios trazidos por inovações como a biotecnologia. A mesa também tratou do melhoramento genético de última geração, que associado aos contínuos avanços da biotecnologia traz inúmeras novas oportunidades, em especial para a complexa agricultura tropical.
“O painel abordou o quanto a biotecnologia já beneficiou a agricultura brasileira. Mostrou como a precisão poderá ser incorporada ao manejo agrícola e ressaltou o quanto essa revolução está vinculada ao marco regulatório em biossegurança”, detalhou a diretora-executiva do CIB e coordenadora do BOAS ao final do evento.
Ao lado de Adriana, participou da discussão a pesquisadora Maria Fátima Grossi de Sá, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. O painel AgTech Valley Summit incluiu, ainda, palestras sobre bioeconomia, controle biológico de pragas e doenças, agricultura de precisão, produção animal e integração lavoura-pecuária-floresta.