Entre os dias 8 e 14 de dezembro a Caravana Soja Brasil percorreu cinco cidades produtoras do Paraná para levar informações sobre o mercado da soja e Manejo Integrado de Pragas (MIP). Os produtores do estado compareceram em grande número para acompanhar as palestras e tirar dúvidas com os especialistas.
O Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB) fez parte do evento mais uma vez, por meio de palestras técnicas que orientam o produtor sobre a importância da adoção de áreas de refúgio. As apresentações foram feitas pelo doutor em Entomologia e conselheiro do CIB, José Magid Waquil, que levou informações a 300 produtores dos municípios de Guarapuava, Ubiratã, Guaíra, Japurá e Cornélio Procópio.
Segundo o especialista, a tecnologia Bt trouxe uma série de benefícios para as culturas do milho, soja e algodão e a manutenção da eficácia e da durabilidade dessa tecnologia, muito importante para o sistema de produção, dependem do uso efetivo da área de refúgio. “Nas palestras os produtores aprendem sobre o funcionamento e a importância da área de refúgio. O objetivo é mostrar ao agricultor que se trata de uma prática que demanda um pouco mais de investimento e trabalho, mas o benefício a médio e longo prazo compensam sua implementação”, afirma Waquil.
Uma das principais dúvidas dos produtores paranaenses era sobre a possibilidade de usar a mistura de sementes Bt e não-Bt como refúgio, prática não recomendada por Waquil. “As lagartas começam se alimentando nas plantas não-Bt do refúgio e depois movimentam-se para as plantas Bt, completando o período larval; isso pode acelerar a evolução da resistência, principalmente na cultura da soja”, explica o especialista. Portanto, deve-se utilizar o refúgio estruturado.
O Projeto Soja Brasil tem a realização do Canal Rural e da Aprosoja, com a coordenação técnica da Embrapa e apoio institucional do CIB. Ao longo de 2015, a caravana do Projeto recebeu cerca de 3950 produtores e a próxima será no dia 28 de janeiro de 2016, em Goiás, na Abertura Nacional da Colheita da Soja.