A crescente demanda por milho na última década, levou o Brasil a produzir duas ou mais safras da mesma cultura em várias regiões.
No mercado brasileiro, os preços do milho subiram fortemente em 2020 e a saca de 60 quilos encerrou o mês de outubro cotada a R$84,00. Os aumentos foram devido à maior demanda internacional, estoques internos baixos e forte valorização do dólar frente ao real.
O maior interesse da China pelo milho brasileiro fez com que 40% da produção do milho safrinha 2021 no Mato Grosso já tivesse sido comercializada até o final do primeiro semestre deste ano, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA). De acordo com consultores, cerca de 35% da produção futura do milho safrinha no Brasil já foi comercializada. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), prevê que a produção da safrinha de milho em 2021 deve alcançar 76,7 milhões de toneladas, 2,3% acima em relação a 2020.
Com o aquecimento do mercado nos últimos anos, a presença de plantas de milho no campo tem ocorrido o ano inteiro em algumas regiões, seja cultivado ou tiguera, criando um ambiente favorável para o aumento das populações de cigarrinha-do-milho e do complexo de doenças de enfezamentos, que podem causar redução de até 100% na produção da planta infectada.
Ações de monitoramento realizadas pela equipe de campo das empresas associadas à CropLife Brasil dão conta que a ocorrência dos enfezamentos e os níveis populacionais da cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis ) vem aumentando em diversos estados do Brasil, principalmente a partir de 2015/2016, com surtos maiores identificados em regiões agrícolas na Bahia, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e no Paraná.
Pesquisadores da Embrapa já vem estudando o complexo de enfezamentos (doenças causadas por molicutes, bactérias chamadas espiroplasma e fitoplasma, assim como pelo Maize Rayado Fino Virus, causador da “virose da risca”) e a cigarrinha-do-milho há bastante tempo e já publicaram diversos materiais técnicos e até vídeos, para orientar os produtores e outros profissionais da agricultura sobre o cenário e o manejo de doenças disseminadas pela cigarrinha-do-milho.
A ADAPAR (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) disponibilizou, recentemente, um aplicativo para ajudar no monitoramento do milho tiguera (plantas voluntárias de milho) e da cigarrinha-do-milho, com o objetivo de coletar informações que possam auxiliar os pesquisadores no desenvolvimento de estratégias de manejo fitossanitário adequadas.
A CropLife Brasil convidou especialistas da EMBRAPA, ADAPAR, MAPA e de empresas associadas para esclarecer agricultores e outros profissionais da agricultura sobre o potencial impacto causado pelos enfezamentos e a cigarrinha-do-milho, além de orientar sobre as boas práticas de manejo para evitar perdas na produção. Para fazer a inscrição, basta clicar no botão abaixo: