Na última semana, técnicos agrícolas, pesquisadores e representantes de empresas fabricantes de sementes se reuniram no Centro de Pesquisa Agrícola (CPA) da Copacol, em Cafelândia (PR), para participar do Fórum de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, promovido pela Organização das Cooperativas do Paraná (OCEPAR). O objetivo do evento foi promover o intercâmbio entre as áreas de pesquisa das cooperativas do Paraná e discutir sobre as tendências do uso de biotecnologias no campo.
Durante as apresentações que tratavam do cenário e das perspectivas da tecnologia Bt a palavra que mais se ouviu foi sustentabilidade. Isso se deve à preocupação com a manutenção da eficácia da tecnologia Bt que, em razão dos seus benefícios, teve uma curva de adoção enorme no País, mas requer atenção ao manejo para que possa continuar protegendo as lavouras brasileiras de insetos.
Os profissionais que participaram do Fórum se comprometeram em realizar uma força-tarefa para que a mensagem sobre a importância da adoção de áreas de refúgio chegue até o produtor. Segundo os pesquisadores que se apresentaram no evento, apesar de haver predomínio de insetos suscetíveis no campo, a tendência é que os resistentes sobrevivam e se multipliquem. “Sem a adoção do refúgio o que temos é um cenário negativo no qual eu posso colocar a melhor tecnologia do mundo e não obter resposta”, alerta o doutor em Entomologia, José Magid Waquil, que fez uma apresentação sobre Manejo da Resistência de Insetos em lavouras de milho Bt.
O coordenador da gerência técnica e econômica da OCEPAR, Silvio Krinski, também aproveitou a ocasião para destacar a importância da adoção do refúgio, que deve fazer parte do dia a dia do produtor para garantir a longevidade da tecnologia Bt.
Assista abaixo o depoimento: