É comum usar o termo cultura Bt como sinônimo de algumas plantas transgênicas. Mas, afinal, o que ele significa? O termo é composto pelas iniciais do nome científico da bactéria Bacillus thuringiensis. Esse microrganismo, naturalmente encontrado no solo, produz uma proteína que é tóxica para alguns insetos mas não tem efeito sobre outros organismos. Por conta dessa característica, cientistas identificaram no genoma da bactéria o gene responsável pela expressão da proteína inseticida e a introduziram em plantas de interesse agronômico, a exemplo da soja, do milho e do algodão. Por essa razão, os vegetais que receberam esse gene também são chamados de Bt.
As plantas transgênicas Bt são uma ferramenta utilizada por produtores rurais para enfrentar um dos maiores desafios no campo: o ataque de insetos às lavouras. No Brasil, a introdução dessa tecnologia foi possibilitada pela aprovação da Lei de Biossegurança (Lei 11.105) que regulamentou o uso de organismos geneticamente modificados no País.
Hoje a tecnologia Bt é uma opção para que produtores de soja, milho e algodão controlem as pragas na lavoura. A utilização dessa tecnologia, entretanto, exige um manejo específico para continuar efetiva ao longo do tempo. Para sua preservação, assim como para qualquer outra estratégia de controle de pragas, é fundamental a implementação de um programa de Manejo de Resistência de Insetos (MRI) adequado, que deve incluir a adoção das Boas Práticas Agronômicas em Culturas Bt.